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Professor Jacques Filho-Palestra

A Palestra com o Prof. Mestre Jacques Filho nos trouxe vários ensinamentos e histórias sobre o setor energético no Brasil. Além disso, eles nos inspirou com sua espiritualidade, nos mostrando como ter uma boa capacidade analítica sem perder o lado humano. Segue alguns pontos marcantes de sua aula.

Professor Jaques inicia sua palestra nos perguntado:

_Qual a energia mais cara que existe?

Aquela que falta na hora que mais precisa.

_Qual a energia mais barata que existe?

Aquela que se tem, na hora que precisa, atendendo de melhor jeito (economicamente e com eficiência) a demanda do consumidor.

Racionamento de energia de 2001: O ano 2001 foi marcado pelo apagão que

aconteceu por todo o Brasil. Nessa época, o país passaria por uma grave crise

energética, influenciada por dois fatores. O primeiro ocorre em relação a uma

preocupante falta de chuva que afeta a rede como um todo, pois 90% da

produção de energia do país é feita por hidrelétricas e com tal problema, o nível

destas estava muito baixo para a produção ideal. Além disso, o Brasil

enfrentava um sistema de produção elétrico precário, influenciado por uma

gestão que visou a privatização de muitas estatais que cuidavam de tal

geração, com isso o país sofreu o apagão citado no inicio do texto. Após tal

acontecimento, o racionamento assustou os brasileiros, que promoveu uma

brusca mudança nas contas de energia da população, impondo multas severas

a quem não estivesse no limite correto de uso. Ademais, o investimento por

parte do governo nas termoelétricas foi uma ferramenta útil para o

reestabelecimento do controle de energia do país para a população. Tal

acontecimento contribui muito para o sistema elétrico atual, pois usinas como

Jirau, Belo Monte e Santo Antônio foram implementadas após a crise no

sistema energético.

MOMENTO ATUAL:

Matriz energética:

O Brasil possui a matriz energética mais renovável do mundo industrializado

com 45,3% de sua produção proveniente de fontes como recursos hídricos,

biomassa e etanol, além das energias eólica e solar. As usinas hidrelétricas

são responsáveis pela geração de mais de 75% da eletricidade do País. Vale

lembrar que a matriz energética mundial é composta por 13% de fontes

renováveis no caso de Países industrializados, caindo para 6% entre as nações

em desenvolvimento.

Plano Nacional de Energia – 2030:

O modelo energético brasileiro apresenta um forte potencial de expansão, o

que resulta em uma série de oportunidades de investimento de longo prazo. O

Ministério de Minas e Energia para o período 2008-2017 indica aportes

públicos e privados da ordem de R$ 352 bilhões para a ampliação do parque

energético nacional. Os recursos públicos virão principalmente do Programa de

Aceleração do Crescimento (PAC), iniciativa federal lançada em 2007 para

promover a aceleração da expansão econômica no País.

Para a área hidrelétrica estão previstos cerca de R$ 83 bilhões. Hoje, apenas

um terço do potencial hidráulico nacional é utilizado. Usinas de grande porte a

serem instaladas na região amazônica constituem a nova fronteira hidrelétrica

nacional e irão interferir não apenas na dimensão do sistema de geração, mas

também no perfil de distribuição de energia em todo o País, abrindo novas

possibilidades de desenvolvimento regional e nacional.

Outros R$ 23 bilhões devem ser aplicados na expansão da produção e oferta

de biocombustíveis como etanol e biodiesel. O cenário internacional aponta o

interesse de vários Países em conhecer e adotar o uso dos biocombustíveis

em suas frotas – e, para atendê-los, o Brasil é capaz de fornecedor o produto,

os serviços e o conhecimento.

O trabalho da ANEEL:

Qualidade da energia e modicidade tarifada.

Vamos reduzir a tarifa ?

Sim vamos, mas em setembro de 2012, foi aprovada a lei de renovação de

contratos de concessão , nela houve uma redução de 20% nas tarifas de

transmissão e geração ,em relação , a Eletrobrás de +5,9 Bi para -6,9Bi.

Prejuízos de 60 Bi e aumento de 60% na tarifa.

O que o governo fez para que o racionamento não fosse feito novamente?

4.1 Intensificação do uso das usinas termelétricas

Como podemos ver na notícia dada a anos atrás no jornal de Brasília

que pode ser acessado nesse link:

http://www.jornaldebrasilia.com.br/brasil/governo-decide-intensificar-uso-de-

usinas-termeletricas/. O governo decide intensificar o uso de usinas

termelétricas para que o racionamento de energia não seja a solução para o

problema. Como o professor Jacques comentou em sua palestra, o governo

estava pressionado pela imprensa e empresários que não queriam um novo

racionamento como em 2001 e 2002, não havia certeza de chuvas e

especialistas da época acreditavam que a melhor opção era essa. Como a

energia temelétrica é mais cara para produzir, os preços para o consumidor

final também aumentaram. Para efeito de comparação PLD(Preço de

Liquidação das Diferenças) nessa época chegou a R$920/MWH, com

informações encontradas no link

https://www.ccee.org.br/portal/faces/pages_publico/o-que-

fazemos/como_ccee_atua/precos/precos_semanais?_afrLoop=1100379125329

849&_adf.ctrl-

state=e7rpqvv5n_27#!%40%40%3F_afrLoop%3D1100379125329849%26_adf.

ctrl-state%3De7rpqvv5n_31 é possível ver que o PLD está em média entre 150

e 300 R$/MWH, bem abaixo do que o da época.

4.2 Racionamento de energia elétrica de 2001

O racionamento de energia elétrica feito em 2001, bastante conhecido

como o Apagão de 2001. Na verdade nenhum apagão aconteceu mas sim

muitas “ameaças” de que o tão falado apagão viria a acontecer. Realmente, na

época existiam grandes chances de que os cortes de energia fossem

necessários, mas isso teria gerado prejuízos enormes em todo o país, desde o

pequeno consumidor ao grande empresário. Uma campanha foi realizada com

o objetivo de economia de energia, estipularam-se punições e benefícios

àqueles que desperdiçassem ou economizassem energia respectivamente,

com isso, conseguiu-se evitar os cortes e consequentemente a isso os

enormes prejuízos.

As principais razões para esse racionamento foram as faltas de chuva e

também a falta de planejamento em relação a geração de energia. O governo

de FHC foi supreendido pela necessidade de corte em 20% do consumo de

energia, pois não havia de onde tirar mais, isso deveria ser pensado

anteriormente, é necessário uma fonte de energia reseva em caso de secas.

Como mostrado acima, uma das soluções foi o uso de termelétricas e é claro

que o meio ambiente sofreu nesse momento, pois como sabemos a energia

temelétrica não é barata e também não é limpa.

FONTE: http://www.brasil.gov.br/meio-ambiente/2010/11/matriz-energetica

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